domingo, 11 de janeiro de 2009

Valão

Hoje fui saltar de paraquedas. 1 ano e meio desde o último salto. Aquela adrenalina violenta. É inevitável, em um dado momento, tu olhar pra ti mesmo, dentro de um aviãozinho de nada, apertado com mais 4 malucos, e se perguntar: o que que eu tô fazendo aqui?
Salto com saída a 7.000 pés, de mergulho, bem estável, queda tranqüila, comandei o paraquedas a 4.500 pés. E a área de salto? Onde vou pousar? Tava com rádio, então o instrutor mandou: velho, já vai procurando um lugar pra ti pousar por aí pq até a área tu não vai chegar.
Nunca tinha pousado fora da área. Olhei em volta, um pântano fudido. Deu pra escolher uma área menos encharcada e fazer um pouso tranqüilo, dentro da situação de cagaço geral. Pelo menos não me meti num rio, nem bati em linha de alta tensão, nem merda do gênero.
Devia estar há uns 50 metros do asfalto. Só que dentro de um pântano com mato alto. Foi quase 1 hora chafurdando naquele lodaçal esgotoso até conseguir sair.
Só me lembrava dos Band of Brothers e pensava, isso não é nada. Podia além disso ter um bando de neguinho metendo chumbo em mim. Agora, deslocamento nesse tipo de terreno é a ruína de qualquer um.
Saí na boa, cansadaço, com uns arranhões e uma catinga de pântano com esgoto e lodo horrível. Ainda meti mais 2 saltinhos pra relaxar.
Meu medo mesmo é tétano e leptospirose. O resto é curtição.

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